José Ruivo é o agricultor dos telhados e o CEO da Noocity, empresa que traz a agricultura para o meio urbano e torna as cidades mais verdes. Foi a horta que juntou esta equipa, e é através da horta que continuam a crescer e a cultivar outras comunidades.

(Marta Pinto) – Olá, este é o podcast do Culture Code, eu sou a Marta.
(Luis Simões) –  E eu sou o Luis, e ambos fazemos parte da LemonWorks, onde ajudamos empresas a criar um ambiente de trabalho com propósito e significado.

(Marta) Hoje vamos conversar com o José Ruivo que é o CEO pé descalço, é com esta definição que se identifica mais. Curiosos? O José é o CEO da Noocity que é uma start-up focada na Agricultura Urbana doméstica, ou seja, tornam as cidades mais verdes. Se quisermos dar mais contexto sobre a Noocity, podemos utilizar o trocadilho que é a horta que cultiva a comunidade e não ao contrário! Vamos cultivar juntos novas ideias com esta conversa?

(Marta) …espero que tenham aí um espacinho….vocês têm aí! Vocês estão aí na UPTEC e têm o espaço de jardim, de horta.

(Luis) Nós já estivemos lá.

(Marta) Nós já tivemos, sim.

(José Ruivo) Temos um jardim ótimo, e montamos uma horta e temos o hábito ir… almoçamos sempre no meio da horta. No meio da horta temos umas cadeiras que nos permite almoçar lá, por isso sempre que almoçamos cá vamos almoçar para o meio da horta. É de facto um espaço privilegiado aqui no centro do Porto que nós temos aqui para trabalhar.

(Marta) José, obrigada por teres juntado esta conversa ao desafio do podcast, e partilhar sobre sobre a cultura de trabalho da Noocity. Então, são 7 pessoas neste momento na Noocity, não é? 

(José) sim.

(Marta) Para nós conhecermos um bocadinho melhor, gostamos de desafiar a uma pergunta muito simples que é, se tu tivesses de explicar exatamente o que é que tu fazes na Noocity, a uma criança de 10 anos, como é que tu explicarias o que é o teu trabalho?

(José) Isso é uma pergunta interessante e eu vou responder como se fosse a uma criança de 10 anos, até porque nem fui eu que tive a ideia de escrever aquilo que eu faço, mas sim os meus filhos que quando tiveram que explicar na escola o que é que o pai fazia, eles disseram ‘O meu pai é um agricultor dos telhados.’ E por isso, se eu tivesse que explicar, acho que poderia ser uma boa forma de descrever aquilo que nós fazemos aqui na Noocity.

(Luis) Uau! Acho que essa é que fica para a história, sem dúvida.

(Marta) Que bonito.

(Luis) Eu estou curioso. Como é que alguém se transforma, como é que o caminho chegou até seres agricultor dos telhados? Como é que isso aconteceu?

(José) Houve uma altura da minha vida que eu senti a necessidade de procurar um pouco mais de natureza, e de alguma forma me relacionar mais próximo com ela. E fiz uma tentativa de sair da cidade. Na altura quisemos cortar os laços com a cidade, sair da cidade e ir viver para o campo. Estava neste projeto de vida com mais dois amigos e iniciamos esta busca por uma vida mais natural, digamos assim.E foi um processo interessante de aprendizagem, mas que também me levou a perceber que havia coisas na cidade que eu não estava disposto a abdicar. Então quando realizei de facto, que iria acabar por ficar a viver na cidade, pensei porque não trazer para a cidade um pouco daquilo que nós íamos à procura no campo e que era este contacto com a natureza. E a agricultura e as hortas urbanas surgiram de uma forma natural, porque era uma paixão que nós os três tínhamos em comum, fazíamos isso como um passatempo. E no local onde estávamos a trabalhar na altura, num outro projeto, que era um projeto ligado com a arquitetura sustentável, nós tínhamos à porta do…aquilo era um armazém, literalmente um armazém…nós tínhamos uma pequena horta feita de uma forma muito arcaica, em paletes e caixas de madeira. E muitas das pessoas que nos visitaram nesse espaço de trabalho cobiçavam essa horta e diziam ‘Ei, isto é super fixe. Porque é que não fazem isto? Poderiam fazer isto em minha casa’. Então surgiu a ideia de nós desenvolvermos um equipamento, ao qual nós mais tarde viemos a chamar de Growbed,  que é o produto que ainda hoje nós utilizamos na nossa atividade, para poder comercializar e poder permitir que as pessoas pudessem ter em casa uma pequena horta. E embora a horta não seja propriamente aquela natureza que nós íamos à procura quando quisemos sair da cidade…é um primeiro passo, um primeiro contacto que queremos providenciar às pessoas que vivem na cidade, muitas vezes rodeadas apenas de betão e de prédios, e de ruas e muitas vezes muito pouco verdes. 

(Marta) Sim. Então vocês começaram três pessoas com o mesmo sonho e a mesma visão para o que era levar esse espaço mais verde a lugares mais áridos, não é?

(José) Sim.

(Marta) Então aquilo que vos uniu certamente também influencia a forma como vocês trabalham e continuam a crescer. Hoje já são sete pessoas. Se tiveres que partilhar connosco assim a primeira ideia que te vem à mente sobre como é que é a vossa cultura de trabalho, mesmo que vocês sendo sete, cada um de vocês traz um contributo especial para esse trabalho em conjunto. O que é que partilharias connosco, sobre a imagem do que é a cultura de trabalho da Noocity?

(José) Isso é uma boa pergunta Marta. Assim de repente o que eu me lembro é que, cada vez que nós temos que tomar decisões importantes ou ter conversas estratégicas, nós nunca o fazemos no escritório. Fazemo-lo sempre no meio da natureza. Ou vamos passear até à beira da praia, ou vamos …nós utilizamos muito aqui…nós estamos perto do Passeio das Virtudes e vamos até ao Passeio das Virtudes. Normalmente descalçamo-nos. Aqueles que estão mais à vontade para se descalçar. Por isso, nós tentamos de alguma forma, sempre que temos decisões importantes para tomar, tomá-las no meio da natureza porque nos sentimos muito mais equilibrados lá. Nós acreditamos que realmente a natureza é super importante para o nosso equilíbrio pessoal, de tal forma que recorremos a ela sempre que podemos. E isso de alguma forma faz parte da nossa cultura. 

(Luis) Certo. Uau, que exemplo mesmo diferente e relacionado com aquilo que é mesmo a vossa génese. Essa ideia de back to the roots, voltarem à natureza e estarem ligados com ela para tomar as decisões. Há aqui uma coisa importante que eu acho que tem um sabor ainda mais forte quando a empresa está no tamanho que está a Noocity, que conseguiu crescer lentamente. A equipa vai aumentando e uma das coisas que acho super interessante, e que às vezes as empresas quando crescem muito perdem, é que quando nós somos três, quatro, cinco, seis, sete, cada pessoa que adicionamos à empresa tem um impacto gigante! De facto, vai quase mudar completamente o rumo do que a empresa está a fazer. Acho que às vezes as empresas esquecem que mesmo quando crescemos muito, uma nova pessoa tem exatamente o mesmo impacto. Começa a ser aquela perspectiva, às vezes dos números em vez das pessoas. Como é que foi para vocês crescer? Como é que foi esse passo de passar de três e perceber que iam adicionar novas pessoas e que essas pessoas vinham com ideias e iam querer mudar as coisas?

(José) Olha Luis, eu podia dizer que havia uma estratégia definida e um conceito atrás do nosso crescimento e do crescimento das pessoas daqui na Noocity, mas a verdade é que foi orgânico. É engraçado porque está muito relacionado com aquilo que nós fazemos. Nós promovemos agricultura biológica, agricultura orgânica, e o nosso crescimento em termos de pessoas, curiosamente tem sido orgânico. Sempre que há uma necessidade de contratar alguém, ou de alguém integrar a equipa, parecesse que esse alguém vem ter connosco. E por isso, eu não tenho muito mérito nesse aspecto porque de facto, organicamente a equipa tem vindo a crescer sem que nós tenhamos feito um esforço para isso. E curiosamente parece que sempre que a equipa cresce e alguém novo integra a equipa, essa pessoa vem-se a revelar a pessoa ideal e a pessoa perfeita para esse cargo. 

(Luis) Muitas vezes já ouvi essa analogia, que muitas vezes as pessoas olham para a cultura (de trabalho) como ‘Eu tenho de cuidar dela’, quase como ser um pai e uma mãe. Acho que aqui esta ideia do agricultor e da agricultura é muito mais interessante, porque as pessoas por si só conseguem crescer, conseguem levar aquilo que é o que está a acontecer na empresa para os seus caminhos. Muitas vezes se calhar só precisam das condições, não é? O agricultor só tenta dar algumas condições, tenta de vez em quando regar, mas o trabalho não é do agricultor, é da própria natureza em si. Acho que é super interessante.

(Marta) Vocês têm equipas não só em Portugal…vocês têm pessoas…. Cresceram para  também contratar pessoas que estão fora de Portugal.

(José) Sim, neste momento temos três pessoas a trabalhar connosco em França, mais ligadas à equipa aqui em Portugal. E também no nosso modelo de negócio passa por constituirmos ou virmos a constituir uma rede de jardineiros locais. São pessoas que não fazem propriamente parte da equipa no sentido estrito da palavra, mas que através de uma parceria que vamos fazendo com estas pessoas, nós queremos ter um apoio local para os nossos clientes. Então, nós vimos desde 2029 a construir esta rede, a que nós estamos a chamar a rede dos Growers da Noocity. E sim, nesse sentido, temos já dois growers já em Portugal, um no Porto e outro em Lisboa, e mais doze em França. Este é um pouco o modelo de crescimento que estamos a prever para a Noocity, através destas parcerias, com parceiros autónomos e independentes locais. Numa lógica de nós queremos crescer internacionalmente, mas sempre com o pé em cada uma das cidades, em cada um dos sítios onde nós estamos.

(Luis) Estava a pensar na Natureza na mesma…esta analogia está aqui presente. Muitas vezes uma das coisas que faz… bem, eu não sou assim super conhecedor, mas sei que uma das coisas importantes é a biodiversidade. Haver essa diversidade. Como é que é para vocês esse tema diversidade? É mais uma vez uma coisa que foi orgânica mas aconteceu, não existe, existe? Conta-nos um bocadinho sobre isso.

(José) Sim. Mais uma vez foi orgânico. De facto nós temos uma grande diversidade na nossa equipa, e eu acredito que essa diversidade às vezes pode-nos trazer desafios, mas principalmente a maior parte das vezes traz-nos uma maior criatividade, uma maior diversidade de soluções. Por isso eu vejo essa diversidade como muito positivo. Nós na nossa rede temos diversidade de géneros, por isso é curioso até ver que do ponto de vista dos growers, nós temos até mais mulheres do que homens. Uma atividade que à partida até poderíamos dizer que estaria mais vocacionada para os homens, mas não, nós temos muito mais mulheres como growers na nossa rede. E em termos de diversidade na equipa, a coisa está muito equilibrada. Onde também vejo a diversidade interessante é do ponto de vista…eu não sei bem como é que lhe hei de chamar…mas a questão da energia das pessoas. Tipo o método laser caracteriza as pessoas pelo azul, vermelho, laranja… e nós temos uma grande diversidade de perfis dentro da equipa. Se por vezes nos traz alguns desafios. Também é sempre uma oportunidade para nós crescermos e ouvirmos pontos de vista diferentes dos nossos, o que depois no final o resultado é sempre muito positivo. Por isso, essa diversidade foi orgânica mais uma vez, na Noocity. Tem vindo a acontecer e é muito bom, e eu vejo isso como um ponto muito positivo da nossa equipa. Termos essa multiplicidade de opiniões e de géneros, e de estilos, e de energias, que nos permite estarmos constantemente a questionar-nos até a nós próprios, na procura de soluções para os desafios que enfrentamos todos os dias. 

(Luis) É uma coisa de que vocês internamente falam? Ou seja, já houve momentos, que tiveram, e que falaram sobre essas energias diferentes que tu falas, no fundo esses perfis diferentes de trabalhar ou de trabalhar uns com os outros, é uma coisa que costumam abordar?

(José) Muito, muito mesmo. Eu acho que nós enquanto equipa, há algo que nos caracteriza que é que nós temos uma grande vontade e interesse em tentar perceber os outros e tentar entender e ouvir os outros. Então as nossas conversas, muitas vezes caem nesse tema, no tema do desenvolvimento pessoal, de perceber o outro e de entender o outro para podermos ajudar-nos mutuamente. 

(Marta) Essa proximidade de equipa, imagino que vivam todos os momentos de forma muito próxima. Quando acontecem momentos de sucesso e de insucesso, como é que vocês como equipa integram isso)

(José) Olha Marta, essa pergunta é super interessante. Ainda há pouco tempo tive uma conversa com uma pessoa da Noocity sobre isso, e ele dizia-me ‘Ó pá, ó Zé, tens que … tu deverias pensar em celebrar mais os sucessos da Noocity.’ Eu não tenho neste momento, para te ser totalmente honesto, não temos nenhuma estratégia aqui dentro da equipa, dentro da Noocity, para fazer isso de uma forma estruturada. Tentamos celebrar os sucessos e também os fracassos, porque é muito importante nós olharmos para aquilo que foram fracassos e tentarmos aprender com eles, e evoluir. Mas ainda não temos, para te responder objetivamente, não temos ainda nenhuma estrutura nem nenhuma ideia de como fazer isso. É algo que já inclusive foi identificado que deveríamos fazê-lo, mas neste momento, enfim, não tenho uma resposta muito interessante para te dar.

(Luis) Acho que a reposta interessante que tens para dar é essa honestidade e essa capacidade de assumir, que parece que está também presente na forma como vocês trabalham, de assumir que nem tudo está perfeito, nem tudo está definido. 

(José) Sim.

(Luis) Acho que já não é a primeira vez que o dizes. Há coisas que vão acontecendo, há coisas que vocês pensaram que queriam que fossem assim, outras foram mais orgânicas, outras não foram estratégicas e outras ainda estão para ser. Eu acho que isso é que é uma empresa, como uma pessoa em constante desenvolvimento. Por isso acho que a tua resposta é uma boa resposta nesse sentido. E essa parte, essa transparência que parece que vocês têm entre vocês também é importante. E acho que isso até me leva para a pergunta que eu ia fazer a seguir, que é esta parte mais… há um bocado falavas dessa importância de estarem a crescer no desenvolvimento pessoal. Como é que é então dar feedback dentro da Noocity? É uma coisa que vocês promovem? É uma coisa que acontece organicamente? Tem o seu momento para acontecer, ou não tem? Como é que vocês lidam com esta situação? 

(José) Sim, o feedback é algo que nós damos uma importância grande, e mais do que tudo, como damos esse feedback. É algo que nós vamos integrando na nossa forma de trabalhar é dar um feedback positivo e um feedback construtivo. Ou seja, é muito importante nós não levantarmos problemas sem pelo menos termos na manga uma solução para apresentar, e então isso é algo que nós temos vindo a estimular dentro da equipa. Darmos feedback é importante, devemos fazê-lo, mas devemos fazê-lo sempre de uma forma construtiva. 

(Marta) E pensando agora nos vossos valores da Noocity, enquanto empresa. Tu já revelaste como é que ele se reflete também no vosso trabalho no dia-a-dia. Quando vão discutir uma ideia, vão para um jardim, vão para um espaço verde. Consegues partilhar connosco mais alguns exemplos de como é que esses valores se refletem no vosso trabalho?

(José) O valor que está mais integrado dentro da nossa equipa, é o nós estarmos constantemente à procura daquele que é o nosso equilíbrio pessoal, profissional, entre a própria equipa. Por isso, este equilíbrio que nós queremos, que eu disse-te no início da entrevista, que nós queremos trazer para a cidade através das nossas hortas e de permitir que as pessoas de alguma forma se possam desconectar das máquinas para poder pôr as mãos na terra e de alguma forma reequilibrar-se. Nós fazemos isso constantemente aqui dentro da nossa equipa. Por isso é uma preocupação constante a de nós termos a nossa vida perfeitamente equilibrada entre aquilo que é os nossos objetivos e as nossas tarefas profissionais, e aquilo que é a nossa vida pessoal e familiar e o nosso equilíbrio pessoal. E isso é algo que está sempre na ordem do dia, e que nós estamos sempre atentos e vigilantes uns com os outros, para que nós consigamos viver de acordo com essas premissas. 

(Marta) Essa proximidade com a preocupação da sustentabilidade também, tu falaste da agricultura biológica, isso foi um desafio…por exemplo, o virem de bicicleta para o trabalho, ou a pé, ou de algum meio de transporte que não seja poluente, foi um desafio que vocês colocaram à equipa? Como é que surgiu essa ideia?

(José) Cresceu naturalmente. Eu comecei por vir de bicicleta para o escritório, a seguir começou a vir outro, o João Pedro também começou a vir. A seguir começou a vir o Ricardo, a Leonor não está cá a viver no Porto, está a viver em Berlim, mas eu sei que também quando lá chegou começou a deslocar-se de bicicleta. É isso. Acho que as coisas aqui na Noocity acontecem de uma forma, mais uma vez, acho que me estou a repetir, mas orgânica. Ou seja, há aqui um contágio natural entre todos, em que nós vamos de alguma forma evoluindo, ou acompanhando esse caminho que todos queremos fazer. Porque na verdade quando eu digo que nós nos fomos juntando de uma forma orgânica, é porque nós todos estamos alinhados, principalmente, com um modo de vida, com um estilo de vida. E então essa transformação e esse caminho que nós fazemos, nomeadamente esse exemplo que tu estás a dar, é algo que para nós é natural e acontece de uma forma bastante fácil.

(Marta) Sim, sim.

(Luis) José, quando pensas na Noocity, naquilo que já foi acontecendo. E pensando naquilo que é esta vossa forma de trabalhar, de que é que mais te orgulhas?

(José) O que eu mais me orgulho é o progresso que a equipa fez nos últimos anos. Eu tenho vindo a assistir ao nosso trabalho enquanto equipa, a melhorar de dia para dia, quer na forma como nós trabalhamos, quer na forma como nós interagimos uns com os outros. E como eu acredito que a equipa e as pessoas dessa equipa é o que mais importa no negócio. Não é tanto a ideia de negócio, não é tanto a oportunidade que nós conseguimos identificar. Mas sim a equipa e as pessoas que a compõem, e a forma como executam. Aquilo que mais me orgulha nos últimos tempos é de facto os passos que nós fomos capazes de dar enquanto equipa e enquanto a forma como nos relacionamos.

(Marta) Olha José, muito obrigada por teres partilhado connosco.

(José) Marta, eu é que agradeço. Luis, também te agradeço. Obrigado pelo convite, foi ótimo estar aqui a conversar com vocês.

(Marta) Olha, e eu fiquei tão influenciada por aquilo que estavas a dizer de natureza, de tirar os sapatos, ir descalço … que eu tirei os sapatos. É a primeira entrevista que eu estou a fazer para o podcast, descalça…já me estava a sentir no meio do jardim.

(José) Marta, fazes bem porque andar descalço e pôr os pés na terra é de facto muito bom.

(Luis) Eu por acaso também estou descalço hoje.

(risos)

(Marta) A sério Luis!?

(Luis) Mas…